Que um amigo se reconheça
sempre
na face de outro amigo
e nesse espelho descanse
seus olhos
e derrame sua alma
como a crina de um cavalo
levemente pousada no vento.
(Roseana Murray. Poesia essencial. Rio
de Janeiro. Manati, 2002, p. 72.)
sexta-feira, 26 de junho de 2009
o fantástico da vida...
O fantástico da vida é
estar ao lado de pessoas
como voce, que fazem um
pequeno instante, um grande
e inesquecível momento.
Autor: Guilherme Marques
estar ao lado de pessoas
como voce, que fazem um
pequeno instante, um grande
e inesquecível momento.
Autor: Guilherme Marques
Tristeza por sua causa...
Se neste momento estou triste
é por tua causa, porque mesmo
sabendo que não me amás,
continuo a te amar e se no
fundo dos meus olhos restarem
um pouco de brilho é por que
te vejo feliz mesmo sabendo que
a sua felicidade não sou eu quem
estou trazendo!
Autor:Guilherme Marques
é por tua causa, porque mesmo
sabendo que não me amás,
continuo a te amar e se no
fundo dos meus olhos restarem
um pouco de brilho é por que
te vejo feliz mesmo sabendo que
a sua felicidade não sou eu quem
estou trazendo!
Autor:Guilherme Marques
Saudade...
Palavra que traduz tudo
o que sentimos sem saber
como e nem porque.
SAUDADE é como uma
prece,
prece que se torna oração,
oração,
que se torna vontade,
vontade de estar perto de
quem está longe da gente.
Autor: Guilherme Marques
o que sentimos sem saber
como e nem porque.
SAUDADE é como uma
prece,
prece que se torna oração,
oração,
que se torna vontade,
vontade de estar perto de
quem está longe da gente.
Autor: Guilherme Marques
Amor sem fim
De um cara que,
apesar de ser enjuado
"TE "AMA" MUITO"
"Voce pode maginar que é
pura ilusão, mas são os
mais sinceros sentimentos
que sinto por voce"
Autor: Guilherme Marques.
apesar de ser enjuado
"TE "AMA" MUITO"
"Voce pode maginar que é
pura ilusão, mas são os
mais sinceros sentimentos
que sinto por voce"
Autor: Guilherme Marques.
Amor do passado
1-De onde vens?
do paraiso dos sonhos.
2-O que trazes?
um coração ferido.
3-Queres riquezas?
não, quero carinho.
4-O que lamentas?
um amor perdido.
5-O que te faz tão triste assim?
uma saudade infinita.
6-De que sentes saudades?
de um amor do passado.
7-Por que choras?
por que ainda sofro.
8-Por que que ainda sofres?
porque ainda o amo.
Não te quero por um dia,
não te quero por um ano,
te quero por todo tempo,
te quero porque te AMO.
Autor: Marcos Rodrigues.
do paraiso dos sonhos.
2-O que trazes?
um coração ferido.
3-Queres riquezas?
não, quero carinho.
4-O que lamentas?
um amor perdido.
5-O que te faz tão triste assim?
uma saudade infinita.
6-De que sentes saudades?
de um amor do passado.
7-Por que choras?
por que ainda sofro.
8-Por que que ainda sofres?
porque ainda o amo.
Não te quero por um dia,
não te quero por um ano,
te quero por todo tempo,
te quero porque te AMO.
Autor: Marcos Rodrigues.
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Mar Português
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma nao é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
Autor: Fernando Pessoa
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma nao é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
Autor: Fernando Pessoa
Verão
A brisa,
No verão,
Solfeja
Andorinhas
Nos fios
Elétricos.
(Sérgio Capparelli. 111
poemas para crianças,
cit., p. 124.)
No verão,
Solfeja
Andorinhas
Nos fios
Elétricos.
(Sérgio Capparelli. 111
poemas para crianças,
cit., p. 124.)
Meu amor
Meu amor
é um trovador da nova era
que resolveu cantar pra lua
pendura sobre a rua.
E como, hoje em dia,
já não se canta ao som da lira,
e os alaúdes ja não servem,
o meu amor se descabela
sobre uma gritarra elétrica.
Ó serenata mais que bela!
O meu amor é um roqueiro
que, frenético e romantico,
se declara e se engoela.
(Ilka Bunhilde Laurito. Brincando de amor.
São Paulo: Moderna, 1994. p. 33.)
é um trovador da nova era
que resolveu cantar pra lua
pendura sobre a rua.
E como, hoje em dia,
já não se canta ao som da lira,
e os alaúdes ja não servem,
o meu amor se descabela
sobre uma gritarra elétrica.
Ó serenata mais que bela!
O meu amor é um roqueiro
que, frenético e romantico,
se declara e se engoela.
(Ilka Bunhilde Laurito. Brincando de amor.
São Paulo: Moderna, 1994. p. 33.)
Choro
A madrugada
toda molhada
parece suada.
Gotinhas de orvalho
brilhando no mundo
na noite passada
a lua chorou.
(Wania Amarante. Arco-íris. 9. ed.
Belo Horizonate: Miguilim, 2000.)
toda molhada
parece suada.
Gotinhas de orvalho
brilhando no mundo
na noite passada
a lua chorou.
(Wania Amarante. Arco-íris. 9. ed.
Belo Horizonate: Miguilim, 2000.)
O amor o que é?
O amor é
ter saudades
de quem gosta de nós.
O amor é
o lado mais secreto
daquilo que nos cerca.
O amor é
gostar dos outros
para que eles gostem de nós
O amor é
um jardim onde cabem
todas as palavras sem idade.
O amor é
uma cidade em paz
a velar pelo sono dos meninos.
O amor é uma carta escrita com
as letras azuis da felicidade das aves.
O amor é
a lembrança mais terna
que o esquecimento não apaga.
...
(José Jorge Letria. O amor o que é?.
Porto: Ambar, 2005. p. 10-1.)
ter saudades
de quem gosta de nós.
O amor é
o lado mais secreto
daquilo que nos cerca.
O amor é
gostar dos outros
para que eles gostem de nós
O amor é
um jardim onde cabem
todas as palavras sem idade.
O amor é
uma cidade em paz
a velar pelo sono dos meninos.
O amor é uma carta escrita com
as letras azuis da felicidade das aves.
O amor é
a lembrança mais terna
que o esquecimento não apaga.
...
(José Jorge Letria. O amor o que é?.
Porto: Ambar, 2005. p. 10-1.)
Lagoa
Eu não vi o mar.
Não sei se o mar é bonito,
não sei se ele é bravo.
O mar não me importa.
Eu vi a lagoa.
A lagoa, sim.
A lagoa é grande
e calma também.
Na chuva de cores
da tarde que explode
a lagoa brilha
a lagoa se pinta
de todas as cores.
Eu não vi o mar.
Eu vi a lagoa...
(Carlos Dummond de Andrade. Poesia completa &
prosa. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1973. p. 60.)
Não sei se o mar é bonito,
não sei se ele é bravo.
O mar não me importa.
Eu vi a lagoa.
A lagoa, sim.
A lagoa é grande
e calma também.
Na chuva de cores
da tarde que explode
a lagoa brilha
a lagoa se pinta
de todas as cores.
Eu não vi o mar.
Eu vi a lagoa...
(Carlos Dummond de Andrade. Poesia completa &
prosa. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1973. p. 60.)
Bom dia, vida!
Bom dia, vida!
A luz da manhã despiu
seu cobertor de neblina.
Bom dia, vida!
O meu corpo amanheceu
com uma alegria menina!
Bom dia, bom dia!
Abro a janela ao convite
de um coral de passarinhos.
Um sol cor de riso me veste
da cabeça aos pés.
Respiro o aroma de terra,
cheiro de orvalho e café.
Bom dia, bom dia!
Dia bom de colher flores
e um ramalhete de amores...
bom dia, vida,
bom dia!
(Ilka Brunhilde Laurito, op. cit. 7.)
A luz da manhã despiu
seu cobertor de neblina.
Bom dia, vida!
O meu corpo amanheceu
com uma alegria menina!
Bom dia, bom dia!
Abro a janela ao convite
de um coral de passarinhos.
Um sol cor de riso me veste
da cabeça aos pés.
Respiro o aroma de terra,
cheiro de orvalho e café.
Bom dia, bom dia!
Dia bom de colher flores
e um ramalhete de amores...
bom dia, vida,
bom dia!
(Ilka Brunhilde Laurito, op. cit. 7.)
Caderno
Cabe tudo num caderno:
cabe o desenho do mundo,
cabe o céu cheio de estrelas,
cabem a cidade e as ruas,
cabem as flores do jardim,
cabe desenho de bicho,
cabe, sim, letra de música,
cabe minha assinatura,
cabe vinte telefones,
cabe recado para amigo,
cabe foto de cantor,
cabe selo e figurinha,
cabe o emblema do time,
desenho de coração,
E até um cantinho
para fazer minha lição.
Autor: Ricardo Azevedo
cabe o desenho do mundo,
cabe o céu cheio de estrelas,
cabem a cidade e as ruas,
cabem as flores do jardim,
cabe desenho de bicho,
cabe, sim, letra de música,
cabe minha assinatura,
cabe vinte telefones,
cabe recado para amigo,
cabe foto de cantor,
cabe selo e figurinha,
cabe o emblema do time,
desenho de coração,
E até um cantinho
para fazer minha lição.
Autor: Ricardo Azevedo
Mãe
De patins, de bicicleta,
de carro, moto, avião
nas asas da borboleta
e nos olhos do gavião
de barco, de velocípedes
a cavalo num trovão
nas cores do arco-íris
no rugido de um leão
na graça de um golfinho
e no germinar de um grão
teu nome eu trago, mãe,
na palma da minha mão.
(Sérgio Capparelli. Tigres no quintal.
Porto Alegre: Kuarup, 1989. p.46.)
de carro, moto, avião
nas asas da borboleta
e nos olhos do gavião
de barco, de velocípedes
a cavalo num trovão
nas cores do arco-íris
no rugido de um leão
na graça de um golfinho
e no germinar de um grão
teu nome eu trago, mãe,
na palma da minha mão.
(Sérgio Capparelli. Tigres no quintal.
Porto Alegre: Kuarup, 1989. p.46.)
Ritmo
Na porta
a varredeira varre o cisco
varre o cisco
varre o cisco
Na pia
a menininha escova os dentes
escova os dentes
escova os dentes
No arroio
a lavadeira bate roupa
bate roupa
bate roupa
até que enfim
se desenrola
toda a corda
e o mundo gira imóvel como um pião!
(Mário Quintana. In: Vera Aguiar, coord. Poesia
fora da estante. Porto Alegre: Projeto, p.96.)
a varredeira varre o cisco
varre o cisco
varre o cisco
Na pia
a menininha escova os dentes
escova os dentes
escova os dentes
No arroio
a lavadeira bate roupa
bate roupa
bate roupa
até que enfim
se desenrola
toda a corda
e o mundo gira imóvel como um pião!
(Mário Quintana. In: Vera Aguiar, coord. Poesia
fora da estante. Porto Alegre: Projeto, p.96.)
Poesia
Gastei uma hora pensando um verso
que a pena nao quer escrever.
No entanto ele está cá dentro
inquieto, vivo,
Ele está cá dentro
e não quer sair.
Mas a poesia deste momento
inunda minha vida inteira.
(Carkis Dynnibd de Andrade. Poesia completa
& prosa. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1973. p. 63.)
que a pena nao quer escrever.
No entanto ele está cá dentro
inquieto, vivo,
Ele está cá dentro
e não quer sair.
Mas a poesia deste momento
inunda minha vida inteira.
(Carkis Dynnibd de Andrade. Poesia completa
& prosa. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1973. p. 63.)
Pra variar
(Inspirado numa quadra popular)
Segunda-feira, eu te amo
Na terça, te quero bem
Na quarta-feira, te adoro
Na quinta-feira, também.
Na sexta, fico contigo
No sábado, vou te encontrar
Domingo, pra variar,
A gente vai se encontrar.
(Ricardo Azevedo. Ninguém sabe o que é um
poema. São Paulo: Ática, 2005. p. 16.)
Segunda-feira, eu te amo
Na terça, te quero bem
Na quarta-feira, te adoro
Na quinta-feira, também.
Na sexta, fico contigo
No sábado, vou te encontrar
Domingo, pra variar,
A gente vai se encontrar.
(Ricardo Azevedo. Ninguém sabe o que é um
poema. São Paulo: Ática, 2005. p. 16.)
Ingenuidade
Na boca da caverna
gritei, vibrando:
- Te amo!
Te amo!
Te amo!
E o eco respondeu
lá de dentro da caverna:
- Te amo!
Te amo!
Te amo!
E eu, ingenua, acreditei...
(Elias José. Amor adolescente. 2. ed.
São Paulo: Atual, 1999. p. 43.)
gritei, vibrando:
- Te amo!
Te amo!
Te amo!
E o eco respondeu
lá de dentro da caverna:
- Te amo!
Te amo!
Te amo!
E eu, ingenua, acreditei...
(Elias José. Amor adolescente. 2. ed.
São Paulo: Atual, 1999. p. 43.)
Estilos
Nadar de borboleta
não é nada.
Bom mesmo é voar feito a danada.
(Leo Cunha. Cantigamente. 4. ed.
Rio de Janeiro: Ediouro, 2002.)
não é nada.
Bom mesmo é voar feito a danada.
(Leo Cunha. Cantigamente. 4. ed.
Rio de Janeiro: Ediouro, 2002.)
E de repente
e de repente
o mar bate á porta
e oferece
restos de um navio pirata
moedas de prata de um baú
muito antigo
o olho de vidro do capitao gancho
uma anchova bailarina
espumas colhidas num meio-dia de maio
um búzio
e sereias que contam histórias
de grandes amores
o menino
arco-íris nos olhos
(Sergio Napp. Delicadezas do espanto.
São Paulo: Saraiva, 2004. p. 35.)
o mar bate á porta
e oferece
restos de um navio pirata
moedas de prata de um baú
muito antigo
o olho de vidro do capitao gancho
uma anchova bailarina
espumas colhidas num meio-dia de maio
um búzio
e sereias que contam histórias
de grandes amores
o menino
arco-íris nos olhos
(Sergio Napp. Delicadezas do espanto.
São Paulo: Saraiva, 2004. p. 35.)
Castelos de areia
Construo com areia e vento,
um pouco de sal do tempo,
um castelo encantado
onde sou o rei.
Na minha cidade há casas
para todos, e para as tardes
as pessoas dançam na praça
a ciranda da paz.
O nome de cada um
é a chave da felicidade,
e ninguém tem pressa de partir.
Quando a noite chega,
enquanto durmo,
o mar desmancha o meu castelo.
(Roseana Murray. Pera, uva ou maçã.)
São Paulo: Scipione, 2005. p. 23.)
um pouco de sal do tempo,
um castelo encantado
onde sou o rei.
Na minha cidade há casas
para todos, e para as tardes
as pessoas dançam na praça
a ciranda da paz.
O nome de cada um
é a chave da felicidade,
e ninguém tem pressa de partir.
Quando a noite chega,
enquanto durmo,
o mar desmancha o meu castelo.
(Roseana Murray. Pera, uva ou maçã.)
São Paulo: Scipione, 2005. p. 23.)
Teus olhos são brincalhões
Teus olhos sao brncalhões
como bolinhas de gude
rolando de luz em luz
até o fundo mais fundo
da fundura dos meus olhos.
Eles se encaixam redondos
no aro de minhas órbitas.
E como eu vejo melhor
quando acendo esse farol
dos teus olhos nos meus olhos!
(Ilka Brunhilde Laurito. Brincado de amor.
São Paulo: Moderna, 1994. p. 17.)
como bolinhas de gude
rolando de luz em luz
até o fundo mais fundo
da fundura dos meus olhos.
Eles se encaixam redondos
no aro de minhas órbitas.
E como eu vejo melhor
quando acendo esse farol
dos teus olhos nos meus olhos!
(Ilka Brunhilde Laurito. Brincado de amor.
São Paulo: Moderna, 1994. p. 17.)
O pão de cada dia
Que o pão encontre na boca
o abraço de uma canção
inventada no trabalho.
Não a fome fatigada
de um suor que corre em vão.
Que o pão do dia nao chegue
sabendo a resto da luta
e a troféu de humilhação.
Que o pão seja como flor
festivamente colhida
por quem deu ajuda ao chão.
Mais do qe a flor, seja o fruto
nascendo Límpido e simples,
sempre ao alcance da mão.
Da minha e da tua mão.
(Thiago de Mello. Faz escuro mas eu canto.
Rio de Janeiro: Record/Altaya, s.d. p. 36.)
o abraço de uma canção
inventada no trabalho.
Não a fome fatigada
de um suor que corre em vão.
Que o pão do dia nao chegue
sabendo a resto da luta
e a troféu de humilhação.
Que o pão seja como flor
festivamente colhida
por quem deu ajuda ao chão.
Mais do qe a flor, seja o fruto
nascendo Límpido e simples,
sempre ao alcance da mão.
Da minha e da tua mão.
(Thiago de Mello. Faz escuro mas eu canto.
Rio de Janeiro: Record/Altaya, s.d. p. 36.)
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